Desafios pendentes

 

"- Por vezes - (...) - procuramos uma pessoa adequada ao amor, ou encontramo-la sem a procurarmos...
(...)
- E então? (...)
- Se essa pessoa aparecer, talvez nos amemos a nós próprios nela.
(...)
- Estás a referir-te ao amor egoísta, claro. Que grande vulgaridade! (...)
- Não... Falo de uma coisa mais intensa do que isso. Mais complexa. Na realidade, apaixonamo-nos pela imagem do amor que temos na cabeça, projetando nela os livros lidos, o cinema que vimos. Incluindo os nossos sonhos, desejos, tristezas e alegrias.
(...)
- Todos os desafios pendentes  - conclui ela - e também todas as vinganças."

Arturo Pérez-Reverte, in O Italiano, Edições Asa.

Imagem: MB. Moita, 17.11.2023



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