Sonho

 

Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de subito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revôo sobre a ramaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz a gente
Haver sonhado.., e ter vivido o sonho!
Mario Quintana, in A cor do invisível

Imagem: MB, Moita, 05.04.2024



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