Sorte imensa

 Como no verso antigo, sou feliz por "esta sorte imensa, conhecer-te" e já me tarda a luz onde procuro outro modo mais puro de dizer-te. Aos poucos vou fazendo mais poemas com a rima calada dos sentidos, até  me descobrir a toda a gente como um vulgar espelho transparente. Já me esquecia, por uma qualquer dor distraída que no corpo tinha, de desenhar a melodia; mas quando em ti penso sou seguro e claro, gira a terra sem melodia, aceito tudo como o tempo o quis."


António Franco Alexandre,  in Poemas, Assírio & Alvim

Imagem: MB, Moita, 30.05.2024




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