À primeira vista
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH4a7-6w6dLCzI3MIWAsmSxWxolTpryAtSpNCXrFKVGZlCnhydyhCX4U97VuEvb6kehDfoU6fr00cIbQpCJHM7UwQikJOB2EXcxE_jqyuyb-yflQ7NPBCtsiJkcFycI1XQJyxsSLLiDk4VJDmvjeR6i20VxHIrO7xbCyl7Mzl60C7YIJSoVNQRFl4puAE/w640-h480/20240921_182730.jpg)
Ambos estão convencidos que os uniu uma paixão súbita. É bela esta certeza, mas a incerteza mais bela ainda. Julgam que por não se terem encontrado antes, nada entre eles nunca ainda se passara. E que diriam as ruas, as escadas, os corredores onde se podem há muito ter cruzado. Gostaria de lhes perguntar se não se lembram - talvez nas portas giratórias, um dia, face a face? algum “desculpe” num grande aperto de gente? uma voz de que “é engano” ao telefone? - mas sei o que respondem. Não, não se lembram. Muito os admiraria saber que desde há muito se divertia com eles o acaso. Ainda não completamente preparado para se transformar em destino para eles, aproximou-os e afastou-os, barrou-lhes o caminho e, abafando as gargalhadas, lá seguiu saltando ao lado deles. Houve marcas, sinais, que importa se legíveis. Haverá talvez três anos ou terça-feira passada, certa folhinha esvoaçante de um braço a outro braço. Algo que se perdeu e encontrou? Quem sabe se já uma bola nos silvados da inf...