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Acordo

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  "Fiz um acordo pacífico com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra." Mário Lago  Baptista Imagem: MB, Montes Juntos, Guia, 12.08.2023

O homem e o rio

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  No man ever steps in the same river twice, for it´s not the same river, and he´s not the same man. Heráclito Imagem: MB, Moita, 16.08.2023 (173) The River - Bruce Springsteen - YouTube  The River - Bruce Springsteen The River - Bruce Springsteen www.youtube.com       

Ver outra vez

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  É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com Sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. José Saramago Imagem: MB, Montes Juntos, Guia, 12.08.2023

Espelho

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  "Mas a verdade é que o que pensam de nós é um espelho em que, com o tempo, é difícil não acreditarmos." João Corrêa Nunes , in  A Nora e os Alcatruzes , Clube de Autor Imagem: MB, Moita, 07.08.2023

Sonho de uma noite de verão

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  “Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.” William Shakespeare , in 𝘚𝘰𝘯𝘩𝘰 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘕𝘰𝘪𝘵𝘦 𝘥𝘦 𝘝𝘦𝘳ã𝘰 Imagem: MB, Rosário, 01.08.2023

Luz da tarde

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  "A fabulosa luz desta tarde, felicidade do que já foi." José Carlos Barros ,  Sobre a passagem do tempo,  in  LÍTIO , edição Flan de Tal Imagem: MB, Alvor, 11.08.2023

À espera de Godot

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  "O que agora só de longe a longe acontece, porque as pernas nem sempre obedecem ao que lhes mando, dias atrás sentei-me numa esplanada da vila a fazer horas para o almoço. Olhares vagos, caras aborrecidas, corpos fatigados, conversa em sussurros, umas trinta pessoas na meia-idade em mesas de duas e três, a atitude de quem espera o improvável Godot, o personagem que nunca chega. Seguiam com os olhos um ou outro carro, um ou outro cão que se arrastava do sol para a sombra. Ao anoitecer voltei à esplanada. Quase a mesma gente, o mesmo vazio no olhar, as caras mostrando igual aborrecimento, os corpos curvados agora num pouco mais de fadiga. De vez em quando uma frase, um murmúrio. Sento-me. Oiço alguém dizer: - Uma água! O empregado, a mão apoiada à ombreira do café, parece despertar. - E mais duas bicas – diz a mesma voz. O rapaz leu nos meus lábios que lhe pedia cerveja, acenou um sim, e a passo arrastado  desapareceu no estabelecimento. A carrinha fez mal a curva, galgou o passei