À mercê de uma saudade

"O amor anda à mercê duma saudade

Com ele anda sempre a ilusão


O nosso amor não tem a mesma idade


Mas tem a mesma lei no coração


Sabemos qual a ânsia da chegada


E nunca recordamos a partida


Trazemos na memória renegada


A dor de uma distância sem saída


Que a vida não permite acontecer


Por vezes sigo os teus olhos parados


E sinto que é por ti que vou viver



Recuso lamentar a minha entrega


Teus braços são a minha liberdade


O amor é fantasia que nos cega


É força que transforma a realidade"

Aldina Duarte, fado de Camané

Imagem: MB, Samouco, 28.04.2018



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