Se não se amar não se vive

"(...)

É difícil amar?
Não é fácil, mas é bom. E se não se amar não se vive. Tive uma analisanda — professora de psicologia — que um dia me disse que tinha descoberto que eu era religioso, que o meu deus era o amor. Acho que é verdade. É a coisa que nos mantém, que nos entusiasma e pelo qual vale a pena lutar.
Como sabemos se é amor verdadeiro?
É um amor oblativo, que se propõe a dar. Mais do que captar. As relações são boas quando são recíprocas. No amor, na amizade, nas relações pessoais evoluídas, o mais importante é a pessoa. Enquanto que em relações mais primárias, mais biológicas, o que interessa é o que a pessoa nos dá. Uma coisa é eu gostar daquela pessoa como pessoa, e gostar de estar com ela, da companhia dela, de fazer projetos com ela. Outra coisa é estar a pensar em ir para a cama com ela.
E sentimos isso no coração ou é o cérebro que nos diz?
É cerebral e no corpo. Uma inundação de ocitocina. É um conjunto de felicidade, bem-estar.(...)
Entrevista a António Coimbra de Matos, in Expresso, 26.02.2017
Imagem: MB, Moita, 24.04.2020

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