Sem explicação

Ficámos tanto tempo em silêncio,
que conseguimos,
até que enfim,
confundir-nos com a noite.
Vínhamos, é certo, de sonhos distintos
e ainda não tínhamos aprendido a adormecer
sem que isso não parecesse uma queda no vazio.
Aceitávamos, no entanto,
que os nossos corpos continuassem um caminho
para o qual nós não tínhamos explicação.

Golgona Anghel, Nadar Na Piscina dos Pequenos, ed. Assírio & Alvim

Imagem: MB, Moita, 24.05.2020



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