Pela manhã
"A minha boca, as minhas mãos, os dedos que seguram a caneta e seguem o braço, o ombro, os olhos já um pouco mais longe vendo, ouvindo, a manhã misturada ao buraco húmido da língua, as noites iam sendo como um insecto perfeito iluminadas e vazias; tudo de repente ficou teu, e rimos das palavras, sem razão, adolescentes." António Franco Alexandre , in Poemas, Edição Assírio & Alvim Imagem: MB, Moita, 14.10.2022