Era uma vez uma tarde...
"Era uma vez uma tarde cheia de sol. Não havia um gesto a mais. Nem palavras. Estava alguém num café. Ao sol. Eram pequeninas coisas a ligarem-se umas às outras: desde um copo de água aos teus ombros. E o sol a bater em cheio na mesa. E nas mãos. (…) Era uma vez uma tarde. Eras tu. Depois? Se não há depois? O importante eras estar ali sentada. O que se disse pouco importa. Estávamos ao sol. Era evidente. A fazer História com o mais pequeno gesto." Eduardo Guerra Carneiro , MIL E OUTRAS NOITES, ed. Língua Morta Imagem: MB, Lisboa, Recolhimento, 26.07.2019