Abraços (dueto) O teu abraço apaga o vinco visível da saudade na minha pele, Seduz o sossego do meu dia, dissipa o vento frio e o efeito vazio de toda a maré baixa Abraçar-te é revigorar os sentidos, depura-los um por um... É simplesmente, Vestir o teu olhar penetrante, ouvir tentada o dedilhar no meu corpo sedoso, cheirar a sabedoria da espera pelo momento apaziguador, saborear as palavras do silêncio em beijos de lábios abertos, trautear notas soltas da pauta tocada no teu perfil O teu abraço reluz na névoa do cair da tarde e na lua ainda escondida, Induz o efeito sôfrego do nascer do dia, navega á proa e afronta a cobardia da solidão Abraçar-te é restaurar o enredo da história, Sorrir em degradê de tons rosa, encontrar o arco-íris em dia de sol... É simplesmente, renascer a cada segundo envolto em ti, receber te no baloiço do colo, encontrar sintonia na sinfonia das batidas descompassadas que nos vão peito dentro, ter-te o tempo todo no pouco tempo que te tenho. ...